Dissilicato de lítio ou de zircônia são materiais usados na confecção de próteses dentarias, mas uma dúvida muito comum é a escolha entre ambos no momento da confecção.
Afinal, qual é o melhor?
Se você também fica na dúvida entre esses dois materiais, fique tranquilo, pois preparamos esse conteúdo para você! Porém, adiantamos que existem muitos fatores, ou seja, não existe uma fórmula!
É preciso sempre avaliar bem para indicar o tratamento mais adequado e também saber quando usar cada tipo de material.
Zircônia
Uma das maiores apreciações da zircônia sem dúvida era a sua excelente propriedade mecânica. Em contrapartida, sua alta opacidade a caracterizava como pouco estética, sendo utilizada preferencialmente em dentes posteriores.
Com os avanços tecnológicos, surgiu a zircônia monolítica, trazendo novas possibilidades na reabilitação oral e estética. Essa nova configuração possibilitou características mais próximas a dos dentes naturais, como a translucidez.
Dessa forma, a zircônia tornou-se um dos materiais de preferência de escolha, uma vez que uniu a alta resistência mecânica à caracterização natural, proporcionando durabilidade e estética.
Para um maior resultado estético, o material permite a maquiagem e caracterização, sendo possível atingir um alto nível de naturalidade e consequentemente a satisfação do paciente.
Quais suas indicações?
Ao contrário de antigamente, sua indicação não é mais restrita aos dentes posteriores. É possível escolher a cor a partir da escala VITA e ainda personalizar a peça.
Por isso, pode-se utilizá-la em:
- Restaurações estéticas anteriores;
- Laminados;
- Coroas sobre implantes;
- Próteses fixas;
- Infraestrutura/pilar para recobrimento.
Dissilicato de Lítio
Pode-se afirmar que a cerâmica dissilicato de lítio aparece como um dos materiais cerâmicos mais escolhidos, possivelmente devido à combinação das propriedades mecânicas, com as propriedades estéticas.
As propriedades estéticas são decorrentes da variada disponibilidade de cor e de translucidez oferecida pelo sistema cerâmico. Já as propriedades mecânicas e de adesão do dissilicato de lítio possibilitam a sua utilização em diversos tipos de restaurações protéticas.
Além disso, apresenta alta taxa de sucesso, uma vez que possui capacidade de aderir à estrutura dentária remanescente, permitindo desgastes minimamente invasivos. Dessa forma, esse material é amplamente utilizado na clínica.
Quais suas indicações?
Tendo em vista que cada caso deve ser analisado cuidadosamente para que seja feita a melhor escolha do material, as principais indicações do dissilicato de lítio são:
- Facetas e lentes de contato dental.
- Inlays, onlays, overlays;
- Coroas na região anterior e posterior;
- Pontes até três elementos na região anterior e pontes de três elementos até segundo pré-molar;
- Trabalhos estéticos com diferentes substratos;
- Cimentação convencional, adesiva ou autoadesiva.
Qual a diferença entre eles?
De maneira geral, ao compararmos a zircônia e o dissilicato de lítio, concluímos que os dois são alternativas de qualidade.
Ambos possuem boa longevidade e absorção de pigmento semelhante. De forma resumida, as diferenças principais são:
- A zircônia possui uma resistência mecânica um pouco maior se comparada ao dissilicato de lítio. Por isso, é melhor usá-la em próteses posteriores;
- Como há mais possibilidades de acabamento estético com o dissilicato de lítio, ele é mais usado em próteses anteriores do que a zircônia;
- A cimentação evoluiu bastante, então a ideia que se tinha da má adesão da zircônia não vale mais. Já existem cimentos que tornam muito boa sua fixação, apesar de a fixação do dissilicato de lítio ser melhor.
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Referências:
http://repositorio.undb.edu.br/bitstream/areas/189/1/ALDA%c3%89CIO VIEIRA MONTELES J%c3%9aNIOR.pdf
https://faculdadefacsete.edu.br/monografia/files/original
